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A Saga Crepúsculo e o bebê mais assustador que você não viu no cinema...

Roberto Sadovski

05/11/2013 19h03

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Você aí, feliz da vida com o fim da saga Crepúsculo, achando que o que era ruim não podia ficar pior. Pois bem, a bola foi na trave! O último filme da série, Amanhecer – Parte 2, tem uma batalha entre vampiros emo e vampiros "do bem" que seria incrível, não fosse a decisão de invalidar a cena inteira com o bordão (SPOILERS!!!) "foi tudo um sonho". Mas entre tantas decisões equivocadas do diretor Bill Condon (não no roteiro, já que os livros já são um desastre), uma foi particularmente criticada: de transformar o bebê Renesmee (um nome que só não é pior que Cole Trickle ou Kit Latura) em um efeito digital canhestro, que imediatamente desviava a atenção da narrativa para um inevitável "o que é esse negócio amorfo e digital?".

Podia ter sido muito, muito pior.

Um dos vídeos revelados na caixa de blu ray Twilight Forever (presente perfeito para seu pior inimigo) traz uma criação medonha, uma Renesmee animatrônica que seria usada com os atores em cena. Animatrônicos, para enriquecer sua cultura cinematográfica, são marionetes sofisticadas, operada por um (ou vários) técnicos ou obedecendo uma sequência anteriormente programada, que reproduzem movimentos como de um ser vivo. Como os dinossauros não digitais de Jurassic Park. Ou os piratas dos Piratas do Caribe (o parque, não o filme). De tão atroz, o boneco foi apelidado pela própria equipe de Crepúsculo de Chuckesmee, uma alusão ao serial killer de plástico da série Brinquedo Assassino. Claro que, depois de filmar algumas tomadas, Condon decidiu que, mesmo no universo Crepúsculo, algo como Chuckesmee seria demais.

Eu discordo do diretor. De tão bizarro e inumano, seria uma boa chance para a série, finalmente, assumir sua ínfima vocação para o terror – mesmo que fosse por todos os motivos errados. Pena que o vídeo, revelado pelo Badass Digest, perdeu o Halloween por alguns dias. Seria a fantasia do ano!

Sobre o autor

Roberto Sadovski é jornalista e crítico de cinema. Por mais de uma década, comandou a revista sobre cinema "SET". Colaborou com a revista inglesa "Empire", além das nacionais "Playboy", "GQ", "Monet", "VIP", "BillBoard", "Lola" e "Contigo". Também dirigiu a redação da revista "Sexy" e escreveu o eBook "Cem Filmes Para Ver e Rever... Sempre".

Sobre o blog

Cinema, entretenimento, cultura pop e bom humor dão o tom deste blog, que traz lançamentos, entrevistas e notícias sob um ponto de vista muito particular.