Nerdovski: O Grande Hotel Budapeste e outros filmes hipster, porém legais

Anota aí: O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson, já é um dos grandes filmes de 2014. Redondinho, divertido, com um time de primeira tanto na frente quanto atrás das câmeras, a comédia espelha as outras obras de Anderson e apela para um tipo muito específico de cinéfilo. O cinéfilo hipster. Ok, pelo menos essa é a teoria. Os filmes do diretor (Moonrise Kingdom, Os Excêntricos Tenenbaums, Rushmore (que eu me recuso a chamar de Três É Demais, hmpf…) são jóias tanto de estética quanto de conteúdo. Não são ambientados no "mundo real", e sim no espaço simétrico e esperto que existe na mente criativa de Wes Anderson. São mainstream, mesmo exibindo um verniz moderninho. E moderninho, para os moderninhos, é hipster.

Essa semana em Nerdovski, eu e o grande James Cimino passamos os olhos pela filmografia de Wes Anderson e também por outros queridinhos da turma hipster, como Sofia Coppola, favoritos do Festival de Sundance e Woody Allen. Para decepção total do pessoal de óculos retrô, máquinas de escrever e reuniões no Starbucks (na falta de um café roots), nem tudo adotado pela turma se encaixa na definição. Eu li por aí que a cultura hipster (é, tem isso) já foi abraçada pelo mainstream. Portanto, deixou de ser hipster. Não importa. O que importa é, independente de rótulos e dos mais fanáticos, filme bom não precisa de séquito. O Grande Hotel Budapeste é um dos bons – repito, um dos melhores de 2014. E Star Wars jamais será hipster!