Revista inglesa publica 25 capas diferentes do novo X-Men
X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido é um dos lançamentos mais esperados de 2014. Por diversos motivos. Um deles, claro, é a volta do diretor Bryan Singer à série que basicamente iniciou o filme de super-herói moderno: X-Men, lançado em 2000, chegou aos cinemas com baixas expectativas do estúdio, orçamento e prazo apertados, sem nenhum astro no elenco e anos-luz antes de a Marvel se tornar sinônimo de blockbuster. Ainda assim, o filme foi um arraso, faturou 300 milhões de dólares e o resto é história. Eu fui um dos pouquíssimos jornalistas do mundo a visitar o set de filmagem de X-Men, numa Toronto gelada em fevereiro de 2000, e ainda lembro do espanto ao ver Hugh Jackman entrar em cena como Wolverine. Era um astro sendo revelado ali, bem em minha frente.
Singer dirigiu X2 em 2003 e aí a coisa já era diferente. Homem-Aranha já havia se tornado um fenômeno no ano anterior e a segunda aventura dos mutantes chegou aos cinemas com pedigree. Foram 400 milhões em caixa, Jackman alçado à condição de astro e Singer apontado como um dos poucos diretores a entender os caminhos deste novo cinema que surgia. Eu também visitei as filmagens de X2, no começo de 2003, em Vancouver – aí o set já era uma festa com uma dúzia de jornalistas. Entre eles Chris Hewitt, da Empire, que também se rendia ao cinema de super-heróis e caminhava para se tornar a publicação sobre cinema mais abrangente do planeta.
Não é espanto ver que a Empire, celebrando seus 25 anos, descolou uma exclusiva sobre X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, e marcou a ocasião com 25 capas – uma para cada personagem (confira a galeria). E aí que a gente começa a coçar a cabeça. O novo filme tem a dificílima tarefa de unir o elenco dos filmes originais com os mutantes (mais X-Men: O Confronto Final, de 2006, que Brett Ratner dirigiu) com a turma mais jovem de X-Men: Primeira Classe, reboot da série lançado por Matthew Vaughn em 2011. O passado, presente e futuro dos mutantes entra em choque numa trama que envolve a criação dos Sentinelas, robôs gigantes programados para caçar mutantes, e uma viagem no tempo, já que Wolverine (Hugh Jackman, encarando o personagem pela sétima vez) tem sua mente no futuro apocalíptico enviada para seu corpo mais jovem, nos anos 70, um momento chave da luta do Homo Superior na Terra.
Mas o visual dos mutantes deixou os fãs divididos. Muitos tomaram a internet para dizer o quanto curtiram a reinterpretação de personagens, velhos e novos; outros foram bem claros em seu desprezo, ressaltando que, em mais de uma década, o cinema ainda não acertou um visual definitivo para os X-Men de carne e osso. Bom, nem para um lado, nem para o outro. Enquanto alguns heróis surgem com um traje bacana (Wolverine no futuro acertou na mosca, assim como Magneto no passado), outros erraram feio (o mutante fortão Apache parece refugo de filme B ruim, e eu ainda não entendi qual é a do uniforme do velocista Mercúrio). Mas tudo está fora de contexto. Até um trailer mais completo for revelado, ou mesmo até a gente finalmente conferir o filme, é difícil dizer o caminho traçado por X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido. Uma coisa é certa: o Sentinela, como apresentado em sua versão futurista, é uma das melhores interpretações de um personagem de HQs para o cinema. Qual o seu favorito?
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