James Cameron fala sobre como a tecnologia vai acelerar os novos Avatar
É impressionante como Avatar, a gigantesca ficção científica desenvolvida por mais de uma década por James Cameron, e lançada no final de 2009, parece atrair pouca simpatia. Reduzida hoje a uma "aventura ecológica cheia de clichês", o filme foi salto para a tecnologia cinematográfica, mudou o modo de encarar o futuro do cinema e, ora bolas, é um filmaço! A verdade é que está na hora de ter menos birra com filmes que fazem muito sucesso e abraçá-los como as obras primorosas que muitos blockbusters – incluindo Avatar – são. A trama simples (mas nunca simplória) esconde uma visão genuína de um diretor apaixonado pelo gênero e pelas engrenagens que o ajudam a construir um novo mundo no cinema.
E agora se aproxima a hora de voltar a este mundo.
Uma continuação de Avatar nunca esteve fora de questão. Quando o filme se tornou a maior bilheteria da história, com 2,8 bilhões de dólares em caixa, a sequência se transformou em três, que chegam ao cinema no final de 2016, 2017 e 2018. Cameron quebrou o silêncio para mostrar o quanto está mergulhado no mundo dos Na'vi – e nas inovações que os filmes podem trazer. "Estamos no começo do processo", diz o diretor, que conversou com o programa francês RTL. "O software para os novos filmes está sendo desenvolvido, e eu estou escrevendo os roteiros. Também estamos trabalhando no design das criaturas e dos cenários." O primeiro filme, que deu um salto na tecnologia de integrar cenários digitais e atores trabalhando com captura de movimento, levou quatro anos para ser filmado, mas os avanços tecnológicos, acredita Cameron, devem diminuir esse tempo: "O software está mais avançado, assim como as ferramentas gráficas. Ainda não decidimos a resolução que vamos usar, mas é possível que algumas partes ao menos sejam em HFR."
Embora Sam Worthington, Zoe Saldana e Stephen Lang tenham confirmado que voltam para os próximos filmes, a trama ainda é um mistério. Cameron conta que os novos Avatar não precisam de tempo para estabelecer aquele mundo para a platéia, então ele pode fincar os dentes sem firulas na história, que deve colocar mais uma vez humanos e nativos num conflito pela supremacia e o controle de Pandora. "A melhor coisa sobre Avatar é que o mundo é tão rico que eu posso explorar qualquer tema, qualquer ideia", entusiasma-se o diretor. "Será espetacular, com novos mundos, novos habitats, novas culturas." Se você não gostou de Avatar, melhor ficar longe do cinema na época do Natal, por três anos, a patrtir de 2016. As filmagens devem começar no fim deste ano.
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