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Os 20 melhores filmes de.... 1999!

Roberto Sadovski

19/01/2019 03h47

Vinte anos. Em 1999 eu estava assumindo o leme da SET, a última grande revista sobre cinema e cultura pop do Brasil. A virada do milênio já mordia nosso calcanhar, e havia um sentimento genuíno de mudança no ar. 1999 também trouxe a coleção de filmes mais sensacional do cinema moderno. Nessas duas décadas, nenhum outro ano reuniu produções tão variadas, tão arriscadas, ousadas, inovadoras, emocionantes e sensacionais. Pra manter tudo em simetria, separei uma lista com os vinte melhores filmes daquele ano, e não imaginava que fosse tarefa tão complicada! Preferi, como sempre, manter a coisa toda mais pessoal possível, e deixei de fora pérolas como Toy Story 2, Meninos Não Choram, Um Lugar Chamado Notting Hill e South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes porque o TOC me obrigou a passar a régua em duas dezenas de filmes. Por sinal, comente aqui, comente nas redes sociais, e me ajudem a não perceber sozinho o quanto eu estou velho! Ah, Star Wars – Episódio 1: A Ameaça Fantasma nunca foi considerado nesse texto…

20. THOMAS CROWN – A ARTE DO CRIME
(The Thomas Crown Affair, John McTiernan)

O diretor John McTiernan soma apenas onze filmes em sua carreira, mas conseguiu criar vários clássicos modernos. Predador. Duro de Matar. A Caçada ao Outubro Vermelho. Com este remake de Crown, O Magnífico, clássico com Steve McQueen e Faye Dunaway, ele coroou uma trajetória encerrada quando sua vida pessoal atropelou seu imenso talento. Com Pierce Brosnan surfando em sua era Bond, e René Russo em pé de igualdade, McTiernan criou um thriller inteligente, elegante e extremamente sexy sobre um bilionário que, entediado, arquiteta o crime perfeito. Arte, arquitetura e locações paradisíacas completam a mistura do entretenimento perfeito.

19. VIVENDO NO LIMITE
(Bringing Out the Dead, Martin Scorsese)

Martin Scorsese demorou mas finalmente voltou às ruas de Nova York, pouco mais de duas décadas depois de Taxi Driver. Aqui ele traz uma coleção de personagens igualmente perturbados, a começar pelo socorrista interpretado por Nicolas Cage, que passa a conviver com os fantasmas das pessoas que ele não conseguiu salvar nas ruas de uma metrópole impiedosa. O roteiro de Paul Schrader é brutal, abrindo espaço para Cage abraçar sua persona exagerada sem derrapar na composição do personagem. Uma viagem quase psicodélica que retrata Nova York em seu momento mais sufocante, antes da realidade chegar com punho pesado em 11 de setembro de 2001.

18. TUDO SOBRE MINHA MÃE
(Todo Sobre Mi Madre, Pedro Almodóvar)

O espanhol Pedro Almodóvar é um gênio de altos e baixos. Mas é inegável que ele atingiu a perfeição neste drama sobre mães e filhos e pais e segredos e revelações. O laço de mão e filho é desfeito com uma tragédia, o que impulsiona Manuela (a espetacular Cecilia Roth) a empreender uma jornada a um passado que ela deixou para trás, mesmo que ele signifique a chance de desenhar um novo futuro – antes que a tragédia aconteça mais uma vez. Ah, e foi o filme que revelou Penelope Cruz ao mundo!

17. A BRUXA DE BLAIR
(The Blair Witch Project, Daniel Myrick e Eduardo Sánchez)

Mais uma experiência do que um filme, A Bruxa de Blair foi a primeira produção a usar o poder da internet como ferramenta de marketing. Os diretores venderam sua ideia para a Artisan, e o filme foi vendido como uma história real, editado a partir do material recebido por sua equipe original: três jovens que desapareceram ao investigar a verdade sobre uma lenda rural no rincão da América. A estreia no Festival de Sundance foi um arraso, com uma plateia abismada com o que acabara de ver – já a chegada no cinema foi traduzida em um fenômeno de 200 milhões de dólares que, se não iniciou a febre dos filmes com estilo documental found footage, impulsionou a tendência com fúria no novo milênio.

16. COMO ENLOUQUECER SEU CHEFE
(Office Space, Mike Judge)

Um de meus filmes cult favoritos, Como Enlouquecer Seu Chefe começou como uma série de curtas de animação, Milton, e foi levado ao cinema por seu próprio cirador, o genial Mike Judge. Em alta com o sucesso da dupla Beavis e Butt-Head na MTV, Judge criou uma comédia ácida, que na superfície satiriza a vida corporativa moderna, mas que em seu coração trazia uma história de amor, protagonizada por Ron Livinston (que surta com a pressão do escritório e passa a ligar o f***-se) e Jennifer Aniston. Rendeu ao menos uma sequência antológica: a fúria dos funcionários contra uma pobre impressora. Quem nunca?

15. OS PICARETAS
(Bowfinger, Frank Oz)

Frank Oz fez não só uma grande comédia, como entregou também um dos retratos mais engraçados e dolorosamente reais dos bastidores de Hollywood. Steve Martin é um diretor e produtor decadente que lê o que acredita ser o roteiro perfeito: a ficcção científica Chuva Gordinha. Ele quer o maior astro do cinema como protagonista, mas de forma alguma tem moral para chegar perto do sujeito, Kit Ramsay (Eddie Murphy). A decisão não poderia ser mais óbvia: rodar a produção do mesmo jeito, sem o astro perceber, integrando a história com cenas de guerrilha perseguindo o sujeito. Não ajuda o fato de Ramsey ser um completo paranóico. Murphy, em papel duplo (só vendo o filme para entender, nada de spoilers aqui), traz uma química perfeita com Martin, e é lamentável que eles não tenham repetido a parceria.

14. À ESPERA DE UM MILAGRE
(The Green Mile, Frank Darabont)

Frank Darabont tinha uma missão quase impossível à frente: voltar à cadeira de diretor depois de ter criado Um Sonho de Liberdade, um dos filmes mais festejados na história. Se não alcançou a mesma excelência, chegou bem perto. Mais uma vez amparado por um conto de Stephen King, Darabont coloca Tom Hanks como Paul Edgecomb, um guarda no corredor da morte de uma prisão dos anos 30. É quando eles recebem um condenado, de aparência ameaçadora, mas coração doce. Mas o gigante, John Coffey, carrega um segredo, um poder quase divino capaz até de reverter a morte. O tom sóbrio carrega a atmosfera de tensão num crescendo, caminhando para um clímax devastador. "Estou cansado de toda a dor que sinto e vejo no mundo todos os dias", diz Coffey a Edgecomb. "Você entende?" Todos entendemos.

13. HERÓIS FORA DE ÓRBITA
(Galaxy Quest, Dean Parisot)

Tim Allen faz a melhor interpretação de William Shatner como o astro de uma série de ficção científica cujo elenco basicamente sobrevive em convenções de fãs. Tudo muda quando uma raça alienígena, que ergueu sua cultura com o show como base, vem à Terra pedir a ajuda de seus herói – achando que são exploradores espaciais, e não um bando de atores fracassados. De resto, Galaxy Quest é uma pérola, um filme que merece ser descoberto por todas as gerações, mas que fica ainda melhor quando seu público também conhece não só Star Trek, mas os extremos de seus seguidores mais fanáticos – e a tensão nos bastidores que acompanhou boa parte do fenômeno. Merecia virar série.

12. AUDITION
(Takashi Miike)

Takashi Miike é um dos operários mais incansáveis do cinema nipônico, e Audition é sua obra prima irrefutável. O que começa como uma leve perversão, com um produtor de TV "escolhendo" uma namorada ao mentir sobre testes para trabalhar na emissora, termina em uma descida num espiral de violência, loucura, mutilação e morte. Miike é mestre em criar imagens perturbadoras, sabendo exatamente quando dosar as consequências devastadoras de uma mente doentia, e quando caprichar no banho de sangue em toda sua glória. Audition é um filme difícil, hipnotizador e absolutamente inesquecível – mas nem sempre é uma viagem agradável.

11. O MUNDO DE ANDY
(Man on the Moon, Milos Forman)

A tour de force de Jim Carrey voltou a ficar em evidência com o documentário Jim & Andy (confira na Netflix, é ótimo!), que mostra o trabalho do ator para interpretar um de seus ícones, o humorista Andy Kaufman. Essa cinebiografia assinada pelo grande Milos Forman equilibra a cronologia da trajetória de Andy com uma linha muito tênue entre suas idiossincrasias, que encontram paralelo com a carreira do próprio Carrey. Vinte anos atrás, o astro tentava deixar o comediante careteiro para trás e se firmar como ator "respeitável". O Show de Truman foi um balão de ensaio nobre, com O Mundo de Andy marcando sua graduação irrefreável. Por fim, Carrey não apenas interpretou Andy: ele usou a experiência como catarse para reencontrar seu próprio caminho como artista.

10. MAGNÓLIA
(Paul Thomas Anderson)

Somente dois anos haviam passado desde que o mundo conheceu o talento avassalador de Paul Thomas Anderson com Boogie Nights. Magnólia não foi um passo além: foi um salto como arquiteto de histórias e descobridor da alma humana. Costurando a vida de uma dúzia de personagens unidos pela dor, pela mágoa, pela frustração e pela morte, o drama é um recorte sobre a inevitabilidade da tapeçaria do destino, que separa e reúne pessoas tão diferentes quanto quebradas – juntas, elas podem encontrar algum tipo de conforto ou redenção. Mas Anderson, mesmo com os temas densos, tem a mão leve, criando momentos de pura poesia, seja amarrada com música, seja com o mais puro nonsense. Uma pérola, que solidificou seu status como o realizador americano mais interessante do novo milênio.

9. BELEZA AMERICANA
(American Beauty, Sam Mendes)

Sam Mendes criou o filme que definiu o cinema "adulto" americano na virada do milênio, acompanhando personagens que cresceram em meio ao esfacelamento do "sonho americano" dos anos 80 (representado por filmes como Gente Com a Gente, Kramer vs. Kramer ou Laços de Ternura), levando sua desconstrução um passo além. Em Beleza Americana, o american way destruido com o fim da inocência nos anos pós-Vietnã criou uma geração consumista e imediatista, insegura com o mundo que vai passar para a frente. Lester Burnham (Kevin Spacey, brilhante) cansou de fingir que tem uma vida perfeita com uma esposa perfeita e um emprego perfeito. Ele chuta o balde, desencadeando uma série de eventos menores explodindo em sexualidade reprimida (de todos, menos a dele), em emoções tensas como uma mola, em catarse coletiva. Não é o filme perfeito, mas foi perfeito para limpar o palato para o novo milênio.

8. QUERO SER JOHN MALKOVICH
(Being John Malkovich, Spike Jonze)

Um filme como Quero Ser John Malkovich seria impensável antes de 1999. Se fosse outra época, seria uma produção de guerrilha, feita na raça, com elenco de desconhecidos, únicos capazes de encarar um texto tão bizarro. Mas a virada do milênio trazia algo diferente na água, e John Cusack, Cameron Diaz e Catherine Keener se juntaram em uma história bizarra, sobre um portal entre os andares de um edifício comercial que conduzia à mente de John Malkovich. A premissa esquisita avança para uma conclusão mais e mais bizarra (cortesia do texto de Charlie Kaufman e a direção de Spike Jonze), que abriu as portas para um cinema estiloso e com cara de independente, mas feito com as graças de um grande estúdio. Sua melancolia, porém, é a lembrança que fica.

7. DE OLHOS BEM FECHADOS
(Eyes Wide Shut, Stanley Kubrick)

Confesso que não "peguei" a despedida de Stanley Kubrick da primeira vez que assisti – achei um filme estranho sobre Tom Cruise não conseguindo transar. Claro que De Olhos Bem Fechados vai muito além, com Kubrick traçando, em narrativa glacial, a incapacidade que pessoas perfeitas tem para se relacionar – seja como casal, seja como membro funcional da sociedade. A jornada solitária do médico interpretado por Tom Cruise pela noite em Nova York lembra o clima de Martin Scorsese em Depois de Horas, mas o tom solene, uma sociedade secreta e a relação quase mecânica de todos os personagens com o sexo transformam De Olhos Bem Fechados em um animal bem diferente. Como vinho, melhora com o tempo. Duas décadas depois, é possível apreciar melhor a visão de Kubrick. Um gênio que, os anos provaram, estava de fato à frente do seu tempo.

6. TRÊS REIS
(Three Kings, David O. Russell)

Os Estados Unidos ainda viviam o clima da guerra com o Iraque disparada no governo Bush (assista a Vice assim que estrear, por sinal!). Ainda assim, já era possível encontrar certo humor em meio ao terror da guerra, e foi com esse pensamento que David O. Russell convocou George Clooney, Mark Wahlberg e Ice Cube como soldados no Iraque que, antes de deixar o país, decidem buscar um dos tesouros escondidos pelo regime Saddam Hussein. Se já estão no inferno, tanto melhor voltar para casa com algum lucro, certo? A farsa, entretanto, logo dá lugar a um filme de anti guerra, com o climão gung ho do começo substituído por uma jornada que humaniza, para os soldados, seu "inimigo". Um filme chocante que, vinte anos depois, parece ainda mais atual.

5. O SEXTO SENTIDO
(The Sixth Sense, M. Night Shyamalan)

M. Night Shyamalan criou o filme que definiu o ano, sintetizado em uma única frase: "Eu vejo gente morta". Neste drama sobrenatural amparado menos nos sustos e mais nunca sensação perene de dor e perda, Bruce Willis é o terapeuta infantil que auxilia o jovem Haley Joel Osment a lidar com seu dom, ao mesmo tempo macabro e revelador. Claro que O Sexto Sentido é definido pela virada inacreditável em seu clímax, que o diretor já havia escancarado praticamente uma hora antes da grande revelação. Em mãos menos competentes, O Sexto Sentido poderia ter despencado no suspense vulgar. Shyamalan, que é um grande artista, jamais deixa a narrativa desacelerar e, com isso, tem a plateia dominada no primeiro segundo. Nunca foi tão incrível se sentir logrado!

4. O INFORMANTE
(The Insider, Michael Mann)

Michael Mann criou o que talvez seja o grande filme de 1999, no sentido de usar as ferramentas do cinema para contar uma história real. Ao contar essa história, porém, ele a torna ainda mais impressionante e reveladora, usando como ponto de partida um gancho familiar: a luta de Davi contra o gigante Golias. O primeiro é Jeffrey Wigand (Russell Crowe), pesquisador que trabalha na indústria do cigarro, que decide abrir a boca contra esse gigante, revelando o verdadeiro poder viciante do hábito até então considerado elegante. O que se segue é uma disputa de gente grande, envolvendo o altíssimo escalão do governo, o lobby do mercado tabagista e o poder da imprensa, representado pelo produtor Lowell Bergman (Al Pacino), responsável pelo programa icônico 60 Minutos. A jornada quase kafkiana de Wigand reverbera até hoje, com o sistema usando seu dispositivo para destruir reputações quando dinheiro está na equação. Um filmaço, que deveria ter levado o Oscar de melhor filme (sorry, Beleza Americana), mas que continua poderoso duas décadas depois.

3. O GIGANTE DE FERRO
(The Iron Giant, Brad Bird)

Impossível não pensar em O Gigante de Ferro quando assisti a Homem-Aranha no Aranhaverso. Explico: em meio ao universo fantástico e de possibilidades infinitas aberto pelo filme, no fim seu coração está em uma história intimista, muito particular, com a qual todos podemos nos identificar. No caso, é a história de Hogarth, que vive com sua mãe nos idílicos anos 50, com a paranóia comunista arranhando a paz do modo de vida americano. Solitário, Hogarth encontra um amigo de forma mais improvável: um robô gigante, levemente danificado, que aos poucos aprende com o garoto a empatia da condição humana – em troca, torna-se a figura paterna que o menino tanto precisa. Militares entram em cena e o futuro do próprio planeta entra em jogo, mas o diretor Brad Bird não perde a mão ao ensinar a lição mais valiosa: não importa como você é criado, suas ações que definem quem você é.

2. CLUBE DA LUTA
(Fight Club, David Fincher)

Lembro de sair da primeira sessão da obra prima de David Fincher incerto do que eu acabara de ver. Afinal, como uma grande corporação bancara um filme tão subversivo, tão cheio de idéias e tanto a dizer nas entrelinhas? A ironia suprema foi colocar um dos maiores astros do cinema em uma produção milionária, basicamente para dizer que ninguém precisa de nada daquilo. Clube da Luta nasceu para ser eternamento lembrado, um filme sagaz que abraça nossa loucura e alimenta com ela sua narrativa: quando o mundo nos transforma em feras consumistas e vazias, a única forma de nos reconectar com nossa humanidade é…. ter a cara arrebentada em lutas ilegais em porões imundos. Esse ponto de partida esconde um plano ainda mais devastador, que envolve a destruição da sociedade como ela existe, para só assim sermos todos livres. Niilismo puro, traduzido num filme impecável, desenhado para desagradar as pessoas certas. É arte, e arte existe para perturbar. Viva com isso.

1. MATRIX
(The Matrix, The Wachowskis)

O cinema moderno foi construído sob a sombra de Matrix. Os irmãos (e hoje irmãs) Wachowski abriram um triturador de cultura pop, jogando filosofia, ficção científica e histórias em quadrinhos para criar o protótipo do filme de super-heróis contemporâneo. Porque é exatamente o que é Matrix: a jornada de um herói relutante para salvar o mundo, um escolhido que precisa descobrir quem ele é antes de abraçar seu destino. Basicamente a base da tradição de contar uma história, executada aqui com o melhor da tecnologia do cinema e aperfeiçoada, anos depois, com o Universo Cinematográfico Marvel. Neo (Keanu Reeves) não faria feio naquele ambiente, com seus superpoderes e seu uniforme bacana, seguindo um mentor estoico, uma companheira ainda mais determinada e um exército de desesperados em choque com o "sistema". Vinte anos depois, o voo final de Neo marcou o início de uma nova era em Hollywood, habitada hoje por um sem número de protagonistas poderosos e incertos de seu destino. Até quando ele torna-se inevitável. Vinte anos de uma nova era. Alguém deveria escrever um livro sobre isso…

Sobre o autor

Roberto Sadovski é jornalista e crítico de cinema. Por mais de uma década, comandou a revista sobre cinema "SET". Colaborou com a revista inglesa "Empire", além das nacionais "Playboy", "GQ", "Monet", "VIP", "BillBoard", "Lola" e "Contigo". Também dirigiu a redação da revista "Sexy" e escreveu o eBook "Cem Filmes Para Ver e Rever... Sempre".

Sobre o blog

Cinema, entretenimento, cultura pop e bom humor dão o tom deste blog, que traz lançamentos, entrevistas e notícias sob um ponto de vista muito particular.